sábado, 11 de dezembro de 2010

Graça!





Eu estava cansada...

Talvez de me olhar

E saber que realmente

Não poderia mais esconder.

Cansada de me ver

E constatar...

Estava cansada das máscaras

Que eu mesma escolhi para viver


Percebi que minhas obras de nada adiantavam

Que minhas devoções eram exatamente tolas

Que minhas orações estavam cheias de mim mesma...


Religiosa, com ar de superioridade

Sempre tinha a razão

A argumentação

Sempre desejando a atenção...

Pobre de mim...


Nada do que pudesse fazer ou pensar

Mudaria o status

Não poderia nunca alcançar Seu amor

Não com minhas obras e pretensas santificações humanas...


Honestamente me pus diante de Ti

Teu olhar sobre mim repousou

Nada do que pudesse fazer ou pensar

Mudaria o status

Não poderia, por minhas obras de " bondade",

Alcançar Seu amor

porque Tu, Senhor,

Vieste ao meu encontro


Posso ser eu mesma

Tu não te escandalizas....

Posso me confessar

Não me recriminas...

Posso te abraçar

Tu não te afastas...

Não preciso ser boa para me amares

Quanta liberdade...


Nada partiu de mim

Tu me alcançaste, sem ao menos eu merecer...

E, por isso, minha resposta é

Te querer, te querer, te querer....


3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Lu, lembre-se de que Nosso Senhor disse que "a verdade vos libertará" (Jo 8,32), de que ele é a Verdade (cf. Jo 14,6) e de que "quem é da verdade escuta minha voz" (Jo 18,37).

    Abrir mão da "argumentação" enquanto aprofundamento na verdade seria um erro. A verdadeira liberdade não está em afirmar nossa incapacidade de penetrar na verdade.

    Por outro lado, certamente você tem suas devoções: a Jesus, à Palavra de Deus, à oração, etc. De fato, todos nós "pomos nossos votos" aí, nos apoiamos na Palavra de Deus. Portanto, não há razão para rechaçar as devoções. Para dizer a verdade, quando pensamos que estamos desprendidos de arrimos externos à nossa fé, descobrimos que nos arrimamos em sentimentos. O que seria pior? Crer no poder regenerador da água do batismo ou em que fomos justificados apenas por causa de um sentimento positivo para com Jesus?

    Desculpe um comentário tão longo e teológico. ☺

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