No espelho da minh'alma tento me definir e entender
Mas encontro tudo que mais queria
e o que menos poderia ser
Pois consigo ser a ruptura e a reconciliação
Ora o ditongo, ora o hiato
o silêncio e a pregação
Sou a angústia e a liberdade
O desistir e o insistir
A revolta e a sensibilidade
A fé e a incredulidade!
A pregação e o silêncio
A esperança, o sonho e o ceticismo
E quando penso nisso...
Menos defino quem sou..
Pois quando sou abertura e aceitação
Também encontro o ceticismo e a razão
Faço escândalo e silencio
Sou o calor e às vezes frio
Minha poesia é inquietação
Pois sou crise, culpa e canção
Na minha delicadeza também deixo marcas
Sou vontade, desejo e virtude
Solitude...
Mancha e pura ilusão
Sou tão coração...
Minha brincadeira se torna imperativo
E quando vivo
Sou exigência e coragem
A distância e a saudade
De não querer ver nunca mais...
Sou sobrevivente perene
Do esquecimento e da lembrança
Sou criança
Minha cicatriz é o seu abraço
Que pede espaço!
Sou a rotina e a distração
Sou beleza e compaixão
Mas pode ser que não...
Posso ser sua dádiva e sua angústia
Sublimação e tendência
E nessa minha vivência
Posso ser um escândalo
Desencanto...
Sinto tanto...
Tenho lágrimas e sorrisos
Do crepúsculo ao amanhecer
Você pode me perceber?
Pra você posso ter sido
Surpreendente ou previsível
Simples e inflexível...
Mas quem disse que você poderia me entender?
Este é meu ser
Possibilidade e gratidão
Posso ser suave canção
E na loucura de me encontrar
Vejo que sou anônima
um abraço num silêncio
um encontro na separação
Pois sou flama que o sopro apaga
A poesia da sedução
E se chego à conclusão?
Sou o que mais amei
e o o que sempre odiei
Insignificância
Redundância
Sou ser humano
Sou comum!
Mas não sou mais um!!!
terça-feira, 7 de setembro de 2010
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Não deu certo.

É... não deu certo.
Não saiu como planejei...
Minhas mãos pegaram areia
E eu a vi escorrer por entre os dedos.
Corri em volta de mim mesma
Para ter certeza de que havia fracassado
de que não era um sonho-pesadelo
Mas não...
Não tinha dado certo!
Olhei ao redor e a constatação real assolou-me o coração
Não poderia controlar a vida
Os acontecimentos
Nem as pessoas
A frágil ideia do controle
Que me levava a um estado de segurança...
Uma mentira que eu mesma alimentei
Olhei ao redor e vi, então....
Nem a mim a mesma.
Um queimar de coração....
E o amor me apareceu! Livre...
Como no princípio da criação
A opção do Soberano em nos dar escolhas!
E eu quis dar conta da vida!!! risos....
Hoje prefiro sorrir diante do que não deu certo
Se não entender, me entregar e caminhar
Pois as escolhas que hoje faço
Me permitem ser eu mesma
E ver o outro como um ser digno de amor
Até mesmo quando não dá certo!
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